A contaminação em massa que está ocorrendo no time do Flamengo é prova inequívoca de que o protocolo adotado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) falhou. O presidente do Flamengo (Rodolfo Landim) insistiu muito na retomada do futebol, com discursos negacionistas que desafiavam a ciência. Mas a culpa pelo surto de coronavírus no time não é apenas dele. É de todos aqueles que concordaram com a volta do futebol e com aqueles que elaboraram os protocolos de saúde e prevenção de contágio feitos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Erraram feio! Não há argumento que se oponha a essa constatação.
A NBA, Fórmula 1, futebol europeu e outros esportes, em outros países, retomaram suas atividades de maneira responsável e competente. Em nenhum deles houve uma “explosão” de casos, como se está vendo no Flamengo, diga-se, no campeonato brasileiro de futebol. Isso é inadmissível, inaceitável.
O retorno desorientado, desajuizado, desmiolado, do campeonato brasileiro de futebol é mais uma prova inequívoca de que o Brasil é mesmo o país da imprevidência. Vão fazendo as coisas de qualquer jeito e depois vê no que dá. Isso ocorre em todos os segmentos de atividade.
Se vidas humanas importassem mais que a necessidade de futebol, esse campeonato seria cancelado já. Repito: o surto de coronavírus visto no Flamengo é a prova de que o protocolo da CBF foi mal feito.