Nuzman Reeleito Será A Desgraça Do Olimpismo Do Brasil.

Por mais que o estabanado assessor de imprensa do COB se esforce para policiar e pautar a imprensa, não hã um único jornalista sério que esteja satisfeito com a provável reeleição de Carlos Nuzman.

Uma coisa é discordar das políticas administrativas do COB. Outra, bem difetente, é ver a entidade sob os holofotes em razão de gravíssimas denúncias de toda ordem. Nos dias que antecedem a reeleição, foram cinco denúncias da maior gravidade:

– roubo dos arquivos confidenciais;
– invasão da sede da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo e roubo de documentos;
– contração de empréstimo no exterior de R$ 77 milhões no exterior sem qualquer explicação, conforme demonstra o balanço;
– irregularidades na Confederação Brasileira de Taekwando; e
– denúncias de favorecimento da venda de ingressos para o Rio 2.016 envolvendo o Comitê brasileiro e o membro do COI na Irlanda.

Isso sem contar o caudal de outra críticas e denúncias que ocorreram durante esses quatro anos. Tudo isso aliado a uma performance olímpica pífia, que se repete a cada quatro anos, enquanto os recursos públicos para o Comitê Olímpico Brasileiro aumentam vertiginosamente.

O Brasil vem galgando nas últimas décadas degraus importantes em diversos setores, que nos colocam em evidência mundial. O Brasil tem arejado suas estruturas, modificado conceitos. E na área do esporte continuamos sob a batuta ditatorial, arcaica, da mente carcomida de um velho senhor que insiste em se manter no poder, mesmo em face da saraivada de críticas que assola a sua administração.

É esse esporte olímpico que o Brasil quer e merece? É a imagem desse velho senhor que a Presidenta Dilma Rousseff quer que represente o esporte do Brasil no exterior? É essa turma que o Governo e o Congresso querem ver administrando os bilhões de recursos públicos destinados à organização do Jogos Olímpicos no Rio, em 2.016?

Se a assembleia geral do COB cometer o impropério de reeleger Carlos Nuzman, estará dando ao País a demonstração inequívoca de que não quer democratizar o esporte, torná-lo social e transparente. Será a classe dirigente do esporte brasileiro dando uma solene banana ao Governo Federal, ao Congresso Nacional e ao povo.

O Brasil não pode aceitar o achincalhe de que um grupo de engravatados, trancafiados em uma sala, decidam o futuro do nosso esporte. Eles não têm autoridade, nem legitimidade para isso. Se essa assembleia geral reeleger Carlos Nuzman e sua turma, há de se ter uma revoluçào, pacífica, porém contundente. Por exemplo, se atletas recusarem-se a competir pelo Brasil enquanto essa gente estiver no COB, eles não duram uma semana mais no poder.

O que de pior há para acontecer, hoje, no olimpismo brasileiro, será a reeleição desse antigo dirigente, de administração duramente questionada, de ideias velhas e ultrapassadas.

Quero ver qual, ou quais, presidentes de Confederações terão coragem de insurgir-se contra tudo isso nessa assembleia geral.

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