Governo Federal Toma As Rédeas Do Esporte De Alto Rendimento.

Se na CBF o governo resolveu agir para defenestrar Ricardo Teixeira para fora no Brasil, no esporte olímpico a decisão foi avocar para si a responsabilidade de preparar os atletas para os Jogos de 2.016. Com isso, Dilma e Aldo Rebelo chutaram o COB para escanteio e atribuiu àquela entidade a função de organizar as delegações olímpicas e distribuir uniformes. Claro que Nuzman torceu o nariz. Mas teve que engolir seco. Vamos ver se o governo vai além e, em algum momento, também resolve agir para substituir os dirigentes olímpicos encastelados no COB e varrer a montanha de pó que vai se acumulando nas cabeças deles.

O que o governo tem que entender é que para 2.016 não dá mais tempo de formar uma geração de medalhistas olímpicos. Para formar essa geração vencedora, são necessário, em média, doze anos de trabalho sério, competente e ininterrupto. E ainda assim quando o país já tem uma base de atletas constituída. O Brasil não tem base nenhuma.

O que nos atemoriza, é que temos a impressão que o mundo do esporte nacional esgota-se em 2.016, quando apagar-se a pira olímpica no estádio do Engenhão. Todos os projetos, percebam, limitam-se a pensar em 2.016. E só. Isso é ruim. De qualquer forma, antes tarde do que nunca. Já era tempo de o Brasil definir quem faz o que no nosso organograma esportivo.

Já que o governo fez um projeto para o alto rendimento, poderia aproveitar o ensejo e elaborar um programa amplo e duradouro, de longo prazo, para popularizar, massificar o esporte, levando-o para as escolas e para as regiões mais pobres, nas quais, certamente, encontrará vários talentos até então adormecidos.