Uma “Potência” Sem Atletas. A Realidade Dos Esportes Aquáticos Do Brasil.

Com a ajuda do Mestre José Cruz, levantei quanto a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (“CBDA”) recebeu de recursos públicos desde o campeonato mundial de Roma, em 2.009, até hoje. Vejamos:

Patrocínio da estatal Correios:

2010/2011 – R$ 10 milhões

2010/2011 – R$ 10 milhões

Fonte: Correios e Imprensa

Lei De Incentivo – Renúncia Fiscal – Valores Captados

Maratonas Aquáticas – R$ 488.076,00

Polo Aquático – R$ R$ 1.439.315,00

Natação – R$ 2.268.782,00

Saltos Ornamentais – R$ 475.084,00

Nado Sincronizado – R$ 1.058.554,00

Coordenadores – R$ 578.339,00

Total: R$ 6.308.150,00

Fonte: Ministério do Esporte/Lei De Incentivo ao Esporte

2.009 – R$ 2.576.703,00

2.010 – R$ 3.143.056,00

2.011 – Valores Ainda Não Divulgados Pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Mas Não Será Inferior A 2.010

TOTAL GERAL: R$ 32.027.909,00 – DINHEIRO PÚBLICO

Até agora, os resultados obtidos pela CBDA no mundial de Shanghai são bem piores do que os de Roma, dois anos atrás. Não se enganem com as medalhas de ouro. Analisem globalmente.

As três medahas que o Brasil obteve até o momento custaram aos bolsos do Brasileiro R$ 10.675.970,00. Lembrem-se de que não estão computados aqui o que a CBDA já recebeu em 2.011 da Lei Piva, dado esse que o Comitê Olímpico Brasileiro faz questão de manter em segredo (mais dinheiro público).

Está bom o valor, ou querem mais?

Pois bem, mesmo em face de tanto dinheiro público, além de os resulados do Brasil serem bem piores, até o momento, hoje vemos uma delegação que depende de dois atletas que, brilhantemente, vêm cumprido aquilo que deles já se esperava.

De resto, não houve qualquer avanço. Pelo contrário. Regrediu-se.

Isso para ficar somente na natação masculina. Natação Feminina, Saltos Ornamentais, Nado Sincronizado e Polo Aquático Masculino e Feminino continuam à míngua de resultados um pouquinho mais expressivos..

Portanto, muito cuidado com os ufanistas de plantão. Vão fazer fanfarranice com o seu dinheiro.

Recursos, fica comprovado que há. O que falta é competência para gerí-los adequadamente.

Enquanto a cartolagem e o governo não enfiarem na cabeça que esse dinheiro acima deve ser aplicado substancialmente na formação de atletas, na massificação do esporte, vamos ficar olhando eles comemorarem poucas medalhas, quando poderiam ser muitas mais, em um trabalho de longo prazo.

Categorias olimpismo

7 comentários em “Uma “Potência” Sem Atletas. A Realidade Dos Esportes Aquáticos Do Brasil.

  1. O “excelente” desempenho do Brasil em Xangai ( 3 medalhas de ouro brilhantemente conquistadas por Cielo, F. França e Ana Marcela ) não se deve ao fato que as potências da natação não dão muita atenção / não dão prioridade à provas não olímpicas ?

    Curtir

  2. Luis Fernano Oliveira julho 28, 2011 — 9:24 pm

    Dr. Alberto, tens toda a razão do mundo. Os resultados são fracos e o trabalho da CBDA é ruim, pio, pouco transparente. Mas usar os valores captados desde 2009 para calcular o valor por medalha é um argumento ruim.

    Não sei se os valores de Lei do Incentivo incluem todas as captações ligadas à natação / esportes aquáticos. Imagino que sim. Mas, com certeza, este dinheiro tem uso no esporte de base, participativo, não apenas no esporte de desempenho. Existem diversos casos concretos, embora não sejam muito (ou tantos quando deveriam).

    Outro ponto é que o maior captador da Lei do Incetivo é um time de futebol profissional, dos mais ricos do Brasil, com ampla capacidade de atrair dinheiro de patrocínio privado em busca de exposição.

    Curtir

  3. Ex swimmer, desculpe responder a sua pergunta sem ser chamado, mas não acredito nessa possibilidade.

    Basta ver os nomes consagrados que disputam as provas “não olímpicas” para ter a dúvida respondida. Acho que é mais uma questão de biotipo, já que o brasileiro tem mais tendência para provas de velocidade.

    Curtir

  4. Caro Daniel, então vamos lançar uma campanha junto ao COI para que o COI inclua as outras provas de 50 estilos no programa do Jogos Olímpicos, pq senão, pelo andar da carruagem nossa única medalha em Londres na natação vai ser no 50 Livres !

    Curtir

  5. P.S. A prova dos 25Km de água abertas não passa nem perto
    de ser uma prova de velocidade, então não vinga muito
    essa teoria que o brasileiro tem mais tendência para
    provas de velocidade em razão do biotipo.

    Curtir

  6. Muitos estados têm secretarias de esporte sem esporte, mas com secretário de esporte.
    Qualquer cidade de porte médio para cima tem secretário de esporte mas também não tem esporte.
    O Brasil não tem atletas mas tem secretário e até ministro. Esse sim, faz do cargo o seu esporte.
    O resultado não pode ser outro.

    Curtir

  7. Caro Ret, na minha visão, tudo que vem antes de Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais serve exatamente como preparação para essas duas competições que, realmente, são as que têm expressão internacional. Evidente que A CBDA não gasta somente com atletas. Aliás, a maior parte dos gastos da Confederação é com a sua própria burcracia, o que inclui passagens aéreas e hospedagens da cartolagem e de seus apaniguados. Se a CBDA gastasse mais dinheiro com os atletas, pode ser que tivéssemos resultados de maior expressão e não contar medalhas sempre dos mesmos. Sobre o assunto das estradas, não posso comentar porque não entendi. O que sei é que no Ministério dos Transportes há muita corrupção. Talvez eliminando essa corrupção poderíamos nessa área, também, obter resultados de expressão. De toda sorte, respeito muito o seu ponto de vista. Abraços do, Alberto.

    Curtir

Deixe um comentário

search previous next tag category expand menu location phone mail time cart zoom edit close