A Veleidade do Terceiro Mandato.
Não alimente essa ideia. Trate de demolir esse devaneio já. Qualquer coisa que não represente a negação absoluta desse golpe será rigorosamente prejudicial para o esporte olímpico do Brasil.
Ao demitir e afastar do centro das decisões os seus únicos colaboradores que lhe poderiam criar empecilhos, (Paulo) Wandeley Teixeira (irmão do Edson e pai do Sandro, que trabalharam na CBJ durante sua gestão. Leia aqui a matéria do Lúcio de Castro https://agenciasportlight.com.br/index.php/2018/02/20/nepotismo-e-falta-de-transparencia-com-uso-de-verba-publica-o-que-os-documentos-revelam-sobre-o-novo-presidente-do-cob/ ) deixou claro que vai peitar a lei e tentar o (ilegal) terceiro mandato.
O Comitê Olímpico do Judô.
Se antes da manobra política colocada arbitrariamente em prática do mês passado (Paulo) Wanderley Teixeira já era duramente criticado por transformar a entidade que (ainda) preside no Comitê Olímpico do Judô, esse julgamento passa a ser impossível de rebater. Sim, o COB passou a abrigar em posições relevantes pessoas do judô. Em que pese a competência dessas pessoas, isso não é bom. O COB dirige todas as modalidades olímpicas. Deveria ser plural, diverso, múltiplo e variado, de maneira a dar espaço às outras modalidades. É um exemplo lastimável que o COB transmite à sociedade ao, sem pejo, discriminar outras modalidades.
O Golpe do Terceiro Mandato.
Tentar o terceiro mandato é ilegal e uma afronta ao estatuto. Há alguns dias uma Confederação pediu minha opinião legal sobre esse artifício nefasto. O atual presidente até poderia tentar obter a concessão de uma medida liminar no Poder Judiciário que lhe autorizasse buscar o terceiro mandato. Isso implicaria dois problemas graves: (a) se obtivesse a liminar e ganhasse a eleição, (Paulo) Wanderley Teixeira governaria escudado em uma medida liminar que poderia ser cassada a qualquer momento. A insegurança jurídica seria gigantesca; e (b) ajudaria a jogar a imagem do COB na lata do lixo. Tudo que se esperava após a prisão do mandatário anterior, era que o COB passasse a navegar por águas claras e serenas, com absoluto respeito às leis, ao estatuto e às boas práticas de conformidade e integridade. Utilizar-se de chicanas para manter-se no poder a qualquer custo é macular a imagem do esporte. Poderá, inclusive, afastar patrocinadores.
O Futuro.
Chega de aventura e aventureiros. Esse atual presidente pode ser considerado como uma “fase de transição” entre o melancólico passado e o futuro alvissareiro. O Brasil tem pessoas respeitadas e respeitáveis, grandes atletas olímpicos, com comprovada gestão das coisas do esporte, mundialmente reconhecidas e de quem poderemos nos orgulhar. Aí deve estar o (a) futuro (a) presidente do COB.