No Aguardo Da Decisão do Comitê Olímpico Internacional.
Ainda que aparentemente o Japão esteja controlando bem a propagação do vírus em seu território, isso não basta para insistir em manter os Jogos Olímpicos na data prevista.
O caráter do Movimento Olímpico é da Universalidade. O competição não é do Japão, nem do Comitê Olímpico Internacional (COI). OS Jogos Olímpicos são de todos os povos. E grande maioria dos países ou estará no meio da pandemia, ou estará juntando os cacos para seguir em frente.
A ideia que permeia a cabeça do COI é celebrar o fim da pandemia com a grande festa Olímpica. Seria lindo. Mas em julho e agosto é inviável.
Vejo como certo que os Jogos Olímpicos não acontecerão em julho e agosto. O COI já tem ciência disso e, hoje, está estudando a alternativa mais adequada. Está avaliando os cenários.
Reagendar os Jogos para setembro/outubro é uma possibilidade. Mas até para isso se há de haver antecedência. Tokyo necessitará de algum tempo para realocar os Jogos Olímpicos e todo planejamento em seu calendário. E ainda assim existirá o risco de a pandemia não ter sido debelada em todos os continentes.
Transferir os Jogos para o ano que vem também está em debate. Mas seria a quebra de uma tradição que sempre prevaleceu. Implicaria a alteração da Carta Olímpica, o que requer uma assembleia geral da entidade, coisa que, hoje, é impensável.
Como venho escrevendo há bastante tempo, o Movimento Olímpico já suplantou guerras e boicotes e vai superar esse obstáculo.
Acho, ainda, que quanto mais o COI adiar a decisão pior será para os Atletas e para a própria imagem. Entendo a complexidade do fato, mas a decisão não pode tardar muito. Esse compasso de espera é desesperador para os Atletas.