Lamento profundamente a morte de Bebeto de Freitas. Ele era o lado do bom do esporte, como atleta Olímpico, como técnico medalhista e como gestor. Eu tive o privilégio de vê-lo jogar nos Jogos Olímpicos de 1.972, em Munique e atuar como técnico em Los Angeles, 1.984 e Seoul 1.988. Em Seoul tivemos uma passagem muito curiosa, quando um atleta da seleção de vôlei machucou-se e ele pretendia substituí-lo. Ele apareceu no hotel e queria falar com meu avô para pedir a autorização do COI para tal substituição. Falou comigo. Fui atrás do meu avô e o encontrei tomando café com o Samaranch, no restaurante. Expus a situação, disse que o Bebeto estava no lobby e queria a autorização do COI para substituir um atleta contundido, antes do início da Olimpíada. Samaranch aquiesceu na hora. Na falta de papel, deu a tal autorização em um guardanapo de papel que estava sobre a mesa e assinou. Levei o papel para o Bebeto que se encarregou de tomar as providências para convocar o outro atleta. Bebeto foi injustiçado, posteriormente. Mas nunca perdeu sua crença em dias melhores no esporte. Pena que não viverá para ver esses dias. Ele teria muito a contribuir. Ultimamente, trocávamos mensagens sobre os novos rumos do esporte brasileiro. Bebeto de Freitas fará falta.