Um Dia Triste Para O Olimpismo Do Brasil.

Claro que todos que sempre lutaram por um esporte olímpico melhor sempre desejaram que houvesse rigorososa ruptura com o sistema atual. Faz anos que digo que o Comitê Olímpico do Brasil havia transformado-se em um balcão de negócios, uma entidade mais preocupada em organizar eventos, criar espetáculos, do que pensar no desenvolvimento e massificação do desporto do País. Quem segue este Blog sabe que esta é minha pauta há quase dez anos.

A busca e apreensão na casa de Carlos Nuzman e no Comitê Olímpico do Brasil, a retenção de seu passaporte e a repercussão mundial que o fato está tendo pode significar a tão almeijada ruptura com esse sistema deplorável que se instalou no Olimpismo no País. Mas, ao mesmo tempo, não deixa de ser um dia triste para o nosso esporte. Investiu-se muito nos esportes olímpicos desde o início dos anos 2.000. Mas investiu-se erradadamente e por meio de alguns influentes dirigentes que fizeram muito mal ao desporto. Por isso que hoje é um dia triste, não obstante as mudanças que a partir de hoje possam ocorrer. O que se vê hoje é prova irrefutável de duas décadas perdidas no Olimpismo do Brasil. É a certeza de que se no Brasil houvesse tido dirigentes capazes e comprometidos com o real desenvolvimento do desporto, teríamos avançado muito. Os dirigentes esportivos que, hoje, enxergam o ocaso de suas carreiras, fizeram muito mal ao esporte e estão tendo esse final patético. Carlos Nuzman e sua equipe não têm mais condições morais de seguir à frente do COB. Terão que cuidar de suas defesas. Teriam que renunciar hoje. Ao Vice-Presidente, Paulo Wanderley, caberia instalar imediatamente uma “Constituinte” no COB, reformular os estatutos, arejá-lo, democartizá-lo, estudar a melhor maneira de dar poder de voto aos atletas, técnicos, Ligas, clubes formadores, todos aqueles que efetivamente fazem parte do sistema desportivo brasileiro. O estatuto atual do COB é arcaico, ditatorial e se propõe a manter no poder o mesmo grupo que, hoje, está sentado à frente dos competentes policiais federais.

O Comitê Olímpico Brasileiro, com acertos e equívocos, sempre foi, no passado, uma referência moral do esporte brasileiro. Não gravitavam em volta da entidade agências de viagens amigas, empresas de marketing de companheiros, corretoras de seguro de diretores, bancos falidos de assessores financeiros, tampouco relacionamentos promíscuos com políticos.  Esse mesmo Comitê Olímpico, entrou na vala comum dos orgãos desacreditados e velhacos que o Brasil não aceita mais. E isso é triste. A imagem do COB tem que ser resgatada.

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5 comentários em “Um Dia Triste Para O Olimpismo Do Brasil.

  1. Que pena que chegou a isto mas, era esperado. O vice teria que convocar novas eleições pois a sua posição, e a razão de estar como vice, tbm estariam em suspeição. O vice não tem nada que o desabone mas, a alguns anos atras participou de diversas reunioes com o mesmo desejo de varios dirigentes de mudanças no COB. Hj é vice, por alguma razão e por isso é necessário novas eleições.

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  2. Infelizmente esse é a realidade e para quem é do ramo e é honesto já sabia como o esporte nacional está
    Na realidade se formos ver ,todos ( quase todos) tem parcela de culpa.aqui em nosso país existe muito é palpiteiro ,na hora de fazer a grande maioria tira o time de campo

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  3. O sistema nao acabò com Olimpiada estaba siempre andando. Eu viu coisas 3 meses atras que commentei no facebook feitas para pessoal do Cob o feitas para amigos de ellos. Algun me falo que estaba lavagem de dinhero que era siempre na caixa do Cob, e ellos estaban mandando e dirigendo ellos mismo coisas que pertenecevan aos varias confederaçoes por exemplo os atletismo mais que ellos organisavam direito. Eu fez denuncia publica e algum de ellos me respondi que eu estabo sonhando: hoje esto sonho è realidade , fora esta gente de tudo

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  4. Existe uma chance legal de haver anulação da Olimpíada de 2016, mesmo depois de realizada?

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