Não faz muito tempo escrevi sobre o polo aquático brasileiros e seus atletas de aluguel. Alertei para o discurso oficial que certamente viria da cartolagem, bradando que o Brasil evouiu muito nessa modalidade. Nem precisou que os dirigentes dissessem isso, para ouvir um program de notícias da SPORTV afirmar, em uma reportagem sobre o time, “que o Brasil agora é uma potência no polo aquático.” Se não me falha a memória foi no Sportv News.
Esse importante canal de televisão tem excelentes jornalistas que possuem credibilidade. Mas é inconcebível que sua linha editorial realmente acredite que os recentes resultados expressivos obtidos pelo polo aquático representam uma evolução cujo resultado é fruto de um trabalho de base, de massificação, de popularização do esporte, de onde, finalmente, tirou-se um grande time. Não é nada disso. Nesse quesito, isto é, planificação esportiva, a nota dos dirigentes é zero. Não fizeram rigorosamente nada para que o polo aquático do Brasil melhorasse. O bom time que o Brasil tem hoje nada mais é do que um catadão de bons jogadores, contratados para representar o Brasil por prazo determinado, a peso de ouro.
Prefiro achar que o SPORTV cometeu apenas um deslize, do que ser essa a linha editorial que efetivamente vai adotar.
Senão vão dizer, após os Jogos Panamericanos, que o Brasil tem política esportiva e é uma potência olímpica.