Construção de CT de R$ 1,1 milhão é abandonada
A construção do novo Centro de Treinamento de Badminton é candidata ao título de exemplo em desperdício de dinheiro público. Após um investimento de R$ 1,1 milhão, a obra da instalação esportiva na Vila Militar, em Deodoro, Zona Oeste, está paralisada e tomada pelo mato.Em março de 2011, o Ministério do Esporte repassou R$ 1.138.844,60 para o Comando da Primeira Divisão de Exército executar o projeto. A construção do Centro de Treinamento começou mas, em dezembro do mesmo ano, quando deveria ter sido concluída, a obra foi paralisada.– Temos cobrado do exército uma posição. Fui informado que eles abriram uma sindicância para apurar um problema com a empresa responsável pelas obras – disse o secretário nacional de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, que liberou os recursos para construção do CT.De acordo com Leyser, como a instalação esportiva era para ser erguida em um terreno do exército, foi celebrado um convênio de repasse dos recursos. E a responsabilidade por erguer o CT é dos militares.
Procurado pelo LANCE!Net, em nota, o Comando da Primeira Divisão de Exército informou que a obra foi paralisada porque durante sua execução foram verificadas divergências entre o projeto base, a construção efetuada e as medições. O documento ainda salientou que foram realizados pagamentos no valor total de R$ 401.441,40, referentes à parcela da obra já realizada. O valor restante de R$ 737.403,21 encontra-se empenhado e não pago na conta do Tesouro Nacional.O exército ressaltou que para preservar a legalidade e a aplicação dos recursos públicos foi instaurado um processo administrativo, que está em fase de conclusão. Apesar das explicações, uma série de perguntas não foram respondidas pelos militares (veja abaixo). O LANCE!Net ligou para o sócio-gerente da Landtec Consultoria Ambiental e Serviços de Construção, empresa contratada pelo exército para fazer as obras, Ernesto Balbino da Silva, mas ele ficou de responder a ligação e não o fez.Bate-BolaRicardo Leyser – Secretário Nacional de Alto Rendimento em entrevista ao LANCE!O que o senhor diz sobre a paralisação de uma obra tecnicamente simples por quase dois anos?
Só posso lamentar porque fizemos as cobranças necessárias. E o exército se prontificou a fazer as apurações necessárias.
Enquanto isso o dinheiro público vai se perdendo no tempo. E quem teria de ressarcir, por exemplo, o Ministério do Esporte?
Não está se perdendo. A obrigação por algum ressarcimento, no caso, seria do Ministério da Defesa.
Mas isso é dinheiro público ressarcindo dinheiro público.
O que sei é que o exército vai cobrar da empresa responsável qualquer tipo de perda de recurso público. Até porque, o erro na construção seria da empresa e, por isso, a obra não prosseguiu. E o próprio Tribunal de Contas da União (TCU) vai exigir isso deles.
O atraso provocou que tipo de prejuízo técnico?
O CT seria o modelo, onde testaríamos conceitos que utilizaremos em outros que construiremos.
___________________________________________________________Solução paliativa para o CTSem a conclusão do centro de treinamento, a solução dada pelo exército para a Confederação Brasileira de Badminton (CBBd) foi disponibilizar o ginásio do Clube de Subtenentes e Sargentos da Vila Militar. É nessa instalação que a entidade desenvolve seus projetos com recursos de R$ 2,8 milhões cedidos pelo Ministério do Esporte.O convênio para a liberação dos recursos foi assinado em dezembro de 2010. Pelo documento, o dinheiro tinha de ser utilizado na gestão, operação, manutenção e compra de equipamentos para o CT. Além de promover o desenvolvimento do esporte e a inclusão social das comunidades do entorno. E para o convênio não ser cancelado, a CBBd aceitou utilizar a instalação cedida pelos militares.
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Pois é, quanto mais se procura…
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A rede de CTs que está sendo montada é de fazer inveja aos CTs do Instituto Australiano do Esporte:
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,obra-de-centro-esportivo-paralisada-em-2007-recebeu-r-137-mi-da-uniao,789982,0.htm
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