A Assembléia Geral Na Confederação Brasileira De Atletismo (“CBAt”).

Já faz algumas semanas que mandaram-me a ata da assembléia geral da CBAT, que se realizou em Manaus. À parte daquele costumeiro blá blá blá laudatório, duas coisas chamaram a minha atenção.

A primeira é que a ampliação do colégio eleitoral foi aprovada, porém excluindo a proposta anteriormente formulada, pela qual seria dado poder de voto aos técnicos que possuissem medalhistas olímpicos vivos. Eu contestei por escrito. Ora bolas, porque somente aos técnicos que possuem atletas medalhistas vivos? Por acaso Técnico que tem atleta medalhista morto perde o seu brilho? Escrevi que isso mais me parecia um casuísmo para não dar direito de voz e voto ao Pedro Henrique Camargo de Toledo, o Pedrão, técnido do inesquecível João Carlos de Oliveira, o João do Pulo. Pedrão é declaradamente oposição à atual gestão da CBAt. Vários também o são. Mas ainda não falam publicamente, por receio de retaliação. Mas isso vai mudar até a eleição, assim espero. Até mesmo porque o Presidente Gesta de Melo já declarou que, após anos e anos, vai “largar o osso”. A desculpa de que o Pedrão devolveu o seu título de benemérito da CBAt e que não tem interesse na entidade não tem razão de ser. Ele tem que ter direitos iguais aos outros. Vai à Assembléia Geral quem quiser.

A outra coisa que é, no mínimo, curiosa é que a dado momento Gesta colocou o seu cargo à disposição da Assembléia Geral. Não entendi. Só põe cargo à disposição quem está sob suspeição, ou sobre acusação. Por exemplo, José Roberto Arruda deveria tê-lo posto, antes de ser defenestrado. Ao que nos parece, embora haja oposição a Gesta de Melo,a maior parte dela ainda calada, ele não está sob suspeição e nem sobre ele existem quaisquer acusações de desmandos. Se eu estivesse na assembléia, votaria pela permanência, até o final de seu mandato, porque não gosto de golpe.

Também ficaria melhor se a Assembléia Geral aprovasse a limitação do mandato, a exemplo do que fizeram o remo e o basquete. E a vedação que parentes dos direitores eleitos sejam candidatos à sua sucessão, ou trabalhem na entidade (mesmo que sem remuneração).

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3 comentários em “A Assembléia Geral Na Confederação Brasileira De Atletismo (“CBAt”).

  1. Caro Dr. Alberto: soube q uma das poucas vozes q contestou o poder de GEsta de Melo foi da presidente da Federaçao de Brasília, Carmem de Oliveira. Soube, tb, que o técnico Luiz Alberto de Oliveira, que treinou Joaquim Cruz, se emocionou e chorou, comparando Gesta de Melo a seu pai, tanta bondade q pratica para nossos atletas e técnicos. Inacreditável! E discursos assim ocorrem pq Gesta implantou a remuneraçao do col[egio eleitoral. A pretexto de homenagear campeóes, todos os votantes recebem algo, como bolsa ou para suas instituiçoes. Assim, com a caneta na máo e o cheque sobre a mesa, quem vai se opor à sua proposta de que deva sair ou continuar da CBAt? É a tal democracia na base do dinheiro, pois enquanto se pratica essas benemerências náo se discute, na base o principal, os rumos do esporte. É á cúpula decidindo de olho no pagamento mensal. E se alguém tivesse a ousadia de se opor a tanta generosidade, talvez ficasse de fora do jantar oferecido aos eleitores a bordo de um iate navegando pelas águas calmas do Rio Negro. Grande abraço, José Cruz

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  2. Pedro Henrique Toledo Junior março 30, 2010 — 12:58 am

    Beto, por mais que eu não acredite em qualquer mudança, uma vez que o estatudo da CBAT foi trançado como uma teia, com todo o cuidado de quem quer prender e matar suas presas, admiro sua tenacidade em propor alterações.
    O que propõe é não só o justo com o óbvio, mas…
    Abraço
    Pedrinho

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  3. Nilson Duarte Monteiro março 30, 2010 — 11:00 am

    Alberto e Cruz,

    Não se esqueçam que a Assembléia da CBAt sempre foram os mesmos, com técnicos de medalhistas vivos ou mortos, atletas medalhistas, clubes campeões. Sempre foram as mesmas pessoas há anos, ou melhor, há décadas. Não mudou nada, nem a lona do circo.
    Ninguém faz audotoria nas contas da CBAt, ou melhor, fazem, mas, auditoria particular. Queria ver o TCU, Ministério Público, dando uma incerta lá, pois, os recursos são públicos, em sua maioria.

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